O relatório anual da OCDE Going for Growth 2014, que será divulgado amanhã, avalia o progresso dos países da OCDE e de seis economias emergentes (Brasil, China, Índia, Indonésia Rússia e África do Sul) em termos da implementação das reformas estruturais recomendadas.
Relativamente a Portugal este relatório refere que os maiores desafios são o desemprego estrutural elevado e a baixa competitividade e como principal ponto forte os níveis de produtividade próximos da média. Refere ainda que um dos principais obstáculos à criação de emprego surge de barreiras regulatórias para a entrada de empresas no mercado e concorrência nos serviços, em particular em sectores como o comércio a retalho e serviços profissionais e neste sentido o relatório enfatiza que Portugal melhorou a sua legislação em matéria de concorrência e profissões e facilitou a entrada dos operadores de redes virtuais em telecomunicações móveis.
Relativamente à redução do custo do trabalho e aumento das qualificações e formação, o relatório refere a reforma do sistema de negociação salarial coletivo (a fim de aumentar a capacidade de resposta do salário às condições do mercado de trabalho) e a diminuição das indemnizações.
Globalmente, o relatório conclui que no conjunto dos países da OCDE, Portugal foi o 3º país com melhor performance global em termos de implementação de reformas relevantes em termos de redução de barreiras à concorrência (nos últimos 5 anos), atrás da Grécia e Polónia.
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