No 4º trimestre de 2013, a capacidade líquida de financiamento da economia portuguesa fixou-se em 2,0% (ano acabado no trimestre para todos os dados) do Produto Interno Bruto (PIB) o que compara com 1,8% no ano acabado no trimestre anterior. Para esta evolução, contribuiu a diminuição da capacidade de financiamento das Famílias para 6,8% (menos 0,8 p.p. do que no trimestre anterior). O setor das Administrações Públicas registou uma diminuição da necessidade líquida de financiamento de 1,2 p.p. no ano acabado no 4º trimestre de 2013, relativamente ao ano terminado no trimestre anterior, atingindo -5,0% do PIB. O setor das Sociedades não Financeiras registou um agravamento da necessidade de financiamento no ano terminado no 4º trimestre de 2013 de 0,4 p.p. do PIB para 2,1%. As Sociedades Financeiras registaram um aumento da capacidade líquida de financiamento de 0,2 p.p., passando de 2,1% do PIB no 3º trimestre de 2013 para 2,3% do PIB no 4º trimestre de 2013.
O Rendimento Nacional Bruto fixou-se em 162.215 milhões de euros, registando uma taxa de variação em cadeia de 1,1%. O Rendimento Disponível Bruto apresentou igualmente uma taxa de variação em cadeia de 1,2%, fixando-se em 164.441 milhões de euros.
No 4º trimestre de 2013, o Investimento Bruto da economia portuguesa apresentou uma redução de 0,3 p.p. para 15,3% do PIB e a Poupança Bruta registou um aumento de 0,1 p.p. para 15,7% do PIB.
No 4º trimestre de 2013, a variação real e nominal dos custos do trabalho por unidade produzida da economia portuguesa variaram 0,0% e 1,8% (VH, mm4), respetivamente, o que compara com -1,7% e -0,1% (VH, mm4) registados no ano acabado no trimestre anterior.
Em 2013, o Rendimento Nacional Bruto e o PIB nominal cresceram 1,0% e 0,3%, respetivamente. O Rendimento Disponível Bruto da Nação registou um aumento de 1,3% o que conjugado com a ligeira redução do consumo final (-0,1%) permitiu um aumento de 9,3% da Poupança corrente. Em consequência deste aumento e da redução da Formação Bruta de Capital (-7,7%) registou-se uma capacidade de financiamento da economia portuguesa de 2,0% do PIB (necessidade de financiamento de 0,1% do PIB em 2012).
Apesar da redução observada no 4º trimestre, no conjunto do ano de 2013 a taxa de poupança das Famílias aumentou 0,6 pontos percentuais relativamente a 2012, fixando-se em 12,6%. A capacidade de financiamento das Famílias atingiu 6,8% do PIB em 2013 (6,4% em 2012). Os saldos das Sociedades Não Financeiras e das Sociedades Financeiras fixaram-se respetivamente em -2,1% e 2,3% do PIB em 2013 (-3.9% e +3,9% em 2012, pela mesma ordem).
A necessidade de financiamento das Administrações Públicas diminuiu em 2013, passando de 6,5% em 2012 para 5,0% do PIB. Para esta evolução contribuiu principalmente o aumento de 27,8% da receita dos impostos sobre o rendimento.
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