Data: 14-03-2014
Mês: Março
Ano: 2014
Segundo o relatório European Reform Barometer 2014, publicado ontem pela confederação de empresas europeias BUSINESSEUROPE, e que considera a performance global dos países da Europa com base em indicadores que abrangem a tributação, finanças públicas, ambiente de negócios, inovação, acesso ao financiamento e mercado de trabalho (avaliando a implementação das de reformas estruturais recomendadas e assumidas no âmbito do Semestre Europeu), países como Portugal, Grécia, Espanha e Irlanda iniciaram já o ajustamento de competitividade em termos de custo unitário de trabalho, mas que mais tem de ser feito nestes países, nomeadamente ao nível da modernização da negociação salarial e da diminuição da carga fiscal sobre o emprego.
 
O relatório alerta para a necessidade de ação urgente para melhorar a competitividade europeia, fazendo as seguintes recomendações:
 
• a carga fiscal global na UE é maior do que a dos seus principais parceiros internacionais e que os Estados-Membros devem continuar a melhorar a sua consolidação fiscal com foco principalmente na redução da despesa pública, em vez de aumentar impostos;
 
• os requisitos administrativos para as empresas start-up variam consideravelmente na UE havendo margem para melhorar nesta área em comparação com os EUA - a regulamentação deve ser simplificada, com encargos administrativos mínimos, a fim de apoiar a criação de empresas e a sua expansão;
 
• os preços industriais da eletricidade aumentaram 37% na UE entre 2005 e 2012 o que contrasta com a queda de 4% nos EUA - devem ser introduzidas metas e medidas para abordar o diferencial dos preços da eletricidade com os maiores competidores e para assegurar a segurança energética;
 
• as despesas com I&D permaneceram em cerca de 2% do PIB na UE na última década, muito aquém do objetivo da Europe 2020 de 3% e que compara com Japão (3,4%) e EUA (2,8%). Para alcançar a meta dos 3%, políticas para a inovação, incluindo o programa EU Horizon 2020 devem ser mais orientados para as empresas e facilitar a comercialização da inovação;
 
• a educação deve ser melhorada em áreas como ciência, tecnologia, engenharia e matemática e dinamizar a aprendizagem baseada no trabalho ao longo do ensino secundário e superior de modo a aumentar a empregabilidade dos jovens;
 
• é prioritário desbloquear o acesso ao crédito através de uma união bancária e a Europa também deve melhorar as fontes complementares ao financiamento por empréstimo bancário;
 
• a carga fiscal média para os trabalhadores de baixos rendimentos é muito maior na UE do que nos EUA ou no Japão - o peso da carga fiscal do trabalho deve ser reduzido por forma a promover a criação de emprego, em especial dos jovens, e tornando mais atraente para os trabalhadores de baixos rendimentos em comparação com os benefícios;
 
• assegurar um mercado de trabalho aberto, dinâmico e móvel, para isso devem ser feitas reformas de modo a estimular a criação de emprego, suavizar as transições de emprego e melhor afetação do trabalho de acordo com as necessidades dos empregadores.
 
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