As barreiras ao comércio estão a atrasar a recuperação económica global e muitos governos ainda não estão a implementar reformas que poderiam ter um efeito de longo alcance sobre o crescimento económico e o progresso social - são algumas das principais conclusões do Global Enabling Trade Report 2014, hoje divulgado.
O relatório deste ano conclui ainda que os mercados emergentes ainda têm de implementar reformas comerciais em conformidade com o acordo de Bali da OMC e que ineficiências, burocracia e infraestruturas precárias estão entre as questões-chave que impedem as economias de colher plenamente os benefícios do comércio. Exemplo disso, entre os BRICs, é a China, o maior exportador do mundo, que ocupa o 54º lugar (em 138 economias). Brasil (86ª), Índia (96ª) e Federação Russa (105ª) apresentam também performances aquém das expectativas, na metade inferior do ranking. Barreiras comuns ao comércio nos países em desenvolvimento e emergentes incluem a burocracia nas fronteiras, a corrupção, infraestruturas inadequadas e baixos níveis de segurança. Entre as economias avançadas a maioria das barreiras ao comércio são regimes tarifários complexos.
Na edição deste ano, Portugal ocupa a 35ª posição em 138 economias (na última edição – 2012 – ocupava a 35ª em 132), destacando-se a performance no sub-índice Infraestruturas (26ª posição) no qual se destacam a disponibilidade e qualidade da infraestrutura de transportes e a disponibilidade e qualidade de serviços de transporte. Espanha ocupa, este ano, a 27ª posição no ranking Global Enabling Trade Index.
O Global Enabling Trade Relatório 2014 avalia o desempenho de 138 economias, em quatro áreas: acesso a mercados; administração de fronteiras; infraestruturas, e ambiente operacional. No topo do ranking encontram-se este ano Singapura, Hong Kong, e Holanda como os países mais bem-sucedidos em termos de facilidade de comércio.
Global Enabling Trade Index 2014
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