Os resultados do Inquérito ao Investimento de abril de 2014 (que decorreu entre 1 de abril e 30 de junho de 2014) revelam que os empresários portugueses esperam um crescimento de 2,4% do investimento em 2014, um valor mais elevado do que o apontado pelo anterior inquérito do INE (1,1%). Os resultados deste inquérito apontam ainda para uma redução de 4,0% do investimento em 2013, uma revisão em alta face às perspetivas reveladas no inquérito anterior (-8,3%).
Entre os objetivos do investimento, perspetiva-se um aumento dos pesos relativos do investimento associado à substituição e à racionalização e restruturação de 2013 para 2014. A importância relativa do investimento orientado para a extensão da capacidade produtiva diminuiu, embora permanecendo como o objetivo mais referido.
De acordo com este inquérito, a recuperação do investimento empresarial em 2014 relativamente ao ano anterior (de 6,4 p.p.) deve-se ao contributo positivo (4,1 p.p.) das empresas pertencentes ao 4º escalão (500 ou mais pessoas ao serviço), em resultado de uma variação de 10,7% e, em menor grau, das empresas do 3º escalão (entre 250 e 449 pessoas ao serviço), com um crescimento de 6,2% (contributo de 0,8 p.p.). As empresas do 1º e 2º escalões (menos de 50 trabalhadores e 50 a 249 trabalhadores) apresentaram contributos negativos (-2,3 p.p. e - 0,1 p.p., respetivamente) para a variação do investimento em 2014, com taxas de variação de -12,3% e de -0,5%, respetivamente.
Os principais fatores limitativos ao investimento mais referenciados pelas empresas continuaram a ser a deterioração das perspetivas de vendas (51,8% em 2013 e 52,6% em 2014), de seguida, a incerteza sobre a rentabilidade dos investimentos (18,3% e 18,4%) e a dificuldade em obter crédito bancário (10,8% e 9,9% em 2013 e 2014, respetivamente). O principal fator limitativo ao investimento mais referenciado pelas empresas exportadoras foi também a deterioração das perspetivas de vendas (30,9% e 30,5%, em 2013 e 2014, respetivamente), seguindo-se a dificuldade em obter crédito bancário (22,9% e 23,7%).
(Gráfico: INE)
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