A síntese de execução orçamental de julho de 2014, publicada ontem pela Direcção-Geral do Orçamento (DGO), mostra que o saldo provisório das administrações públicas, apurado na ótica da Contabilidade Pública ascendeu, até julho de 2014, a -5.823,4 milhões de euros o qual compara desfavoravelmente com -5.434,6 milhões de euros registados no período homólogo.
(Tabela: DGO)
Nos primeiros sete meses de 2014, o Estado arrecadou um total de 19.898,6 milhões de euros em impostos, um valor que representa mais 3,8% do que no período homólogo, cerca de 735,1 milhões de euros. Com este aumento superou o objetivo inscrito no Orçamento de Estado para 2014. A receita aumentou 2,8% com os impostos diretos e 4,8% com os indiretos, onde a receita com IVA aumentou 5,5%. A receita do IRS aumentou 6,1% e a do IRC caiu 9,1%.
A despesa consolidada da administração central cresceu, em termos homólogos, 5,8%, influenciada pelo desfasamento no pagamento do 14.º mês aos beneficiários do sistema de pensões gerido pela Caixa Geral de Aposentações, I.P. (CGA) e pelo consistente aumento do número de pensionistas, com impacto nas transferências (5,8% VHA); e ainda pelo acréscimo das despesas com pessoal (9,3% VHA), decorrentes da reversão das reduções remuneratórias, bem como da despesa com juros e outros encargos da dívida pública (8,6% VHA).
A Execução Orçamental revela que, até julho de 2014, o défice global do Subsetor Estado apresentou um aumento de 966,1 milhões de euros relativamente ao período homólogo, fixando-se em -6.642,2 milhões de euros.
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