Data: 30-09-2014
Mês: Setembro
Ano: 2014
No 2º trimestre de 2014, a capacidade líquida de financiamento da economia portuguesa fixou-se em 1,6% (ano acabado no trimestre para todos os dados) do Produto Interno Bruto (PIB) o que compara com 1,4% no ano acabado no trimestre anterior. Esta melhoria foi determinada pelo aumento da poupança corrente da economia, em resultado do aumento de 1,1% do Rendimento Disponível Bruto da Nação, que mais que compensou o aumento da despesa de consumo final (0,7% no ano terminado no 2º trimestre de 2014).
 
Com exceção das Administrações Públicas, os saldos dos restantes setores internos aumentaram. A capacidade de financiamento das Famílias aumentou de 5,1% do PIB no ano acabado no 1º trimestre de 2014 para 5,4%. A taxa de poupança das Famílias aumentou, fixando-se em 10,1% (9,6% no ano terminado no trimestre anterior), devido sobretudo ao aumento do rendimento disponível (variação de 1,3%). Os saldos das Sociedades Não Financeiras e das Sociedades Financeiras fixaram-se respetivamente em -1,8% e 2,9% do PIB no 2º trimestre de 2014 (-2,2% e 2,6% no trimestre anterior, pela mesma ordem).
 
A necessidade de financiamento das Administrações Públicas aumentou, passando de 4,1% do PIB no 1º trimestre para 4,8% no ano acabado no 2º trimestre de 2014, refletindo sobretudo o aumento da despesa com transferências de capital e, em menor grau, das despesas com pessoal. No 2º semestre, o défice das Administrações Públicas situou-se em -6,5% do PIB (-6,6% do PIB em igual período do ano passado).
 

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O Rendimento Nacional Bruto fixou-se em 170.383 milhões de euros, registando uma taxa de variação em cadeia de 1,2%. O Rendimento Disponível Bruto apresentou igualmente uma taxa de variação em cadeia de 1,1%, superior à do PIB em 0,4 p.p., fixando-se em 172.165 milhões de euros.

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No 2º trimestre de 2014, o Investimento Bruto da economia portuguesa apresentou uma subida de 0,2 p.p. para 15,7% do PIB e a Poupança Bruta registou um aumento de 0,4 p.p. para 15,8% do PIB.

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Com a divulgação da nova série de Contas Nacionais por Sector Institucional (anuais e trimestrais), o Instituto Nacional de Estatística dá continuidade à publicação das Contas Nacionais Portuguesas (CNP) tendo 2011 como ano base e o SEC 2010 como referência metodológica.

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