Flache GEE: Indicadores

O Fundo Monetário Internacional (FMI) revê hoje em baixa as previsões de crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) da economia portuguesa para 2014 (1,0%, menos 0,2 pontos percentuais do que o previsto em abril de 2014, valor em linha com a previsão do Governo no Orçamento de Estado retificativo de agosto) e prevê um crescimento de 1,5% para 2015, mantendo a previsão para este ano.

 

A previsão do FMI sobre a taxa de desemprego em Portugal para 2014 é de 14,2%, sendo inferior à publicada na edição de abril de 2014 do World Economic Outlook (15,7%), e o mesmo se verifica em 2015, onde se prevê uma taxa de 13,5% (face aos 15,0% da edição de abril de 2014). Relativamente ao saldo da Balança Corrente em percentagem do PIB, o FMI prevê um valor de 0,6% para 2014 e de 0,8% para 2015. No que se refere à variação do Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC), o FMI reviu em baixa o valor para 2014 de 0,7% para 0,0%, e prevê um valor de 1,1% para 2015.

 

A evolução da economia portuguesa insere-se num contexto internacional de uma retoma mais fraca que o esperado, em particular na Europa. O FMI prevê um o crescimento real do PIB mundial de 3,3% em 2014 e de 3,8% em 2015. Enquanto as economias desenvolvidas deverão crescer 1,8% e 2,3% nestes dois anos, respetivamente, a Zona Euro deverá crescer 0,8% em 2014 e 1,3% em 2015 (valores abaixo dos previstos para a economia portuguesa). O crescimento para os países emergentes e em vias de desenvolvimento previsto pelo FMI é de 4,4% e de 5,0% respetivamente, em 2014 e 2015. O crescimento das economias da Rússia e Brasil também foi revisto em baixa. A previsão do FMI para a Rússia é de 0,2% para 2014 e 0,5% para 2015 (era 1,3% e 2,3%, respetivamente, na previsão de abril de 2014) e para o Brasil é de 0,3% para 2014 e 1,4% para 2015 (era 1,8% e 2,7%, respetivamente).