Segundo dados divulgados ontem pela OCDE (Social Expenditure Database), a recente crise contribuiu para o aumento da despesa em gastos sociais em percentagem do PIB em alguns dos Estados da OCDE. Este acréscimo deveu-se a um aumento das necessidades sociais (nomeadamente por via do aumento do desemprego) o qual foi acompanhado por uma desaceleração do crescimento do PIB. A publicação revela que os gastos sociais entre os países da OCDE vão subir para 21,9% do PIB este ano, o que compara com os 21,8% em 2012 e 21,7% em 2011.
A França é o país da OCDE onde se prevê que o rácio entre gastos sociais e o PIB seja o maior (33% em 2013 e 32,5% em 2012), seguindo-se a Dinamarca (30,8%), a Bélgica (30,7%) e a Finlândia (30,5%). No entanto, estima-se que países numa situação económica mais vulnerável, como a Grécia e a Irlanda, demonstrem um declínio da proporção de despesas sociais em % do PIB, de 24,1% em 2012 para 22,0% em 2013 e de 22,4% em 2012 para 21,6% em 2013, respetivamente, sendo a maior queda nos gastos sociais protagonizada pela Grécia.
Portugal registará, em 2013 um rácio de gastos sociais em percentagem do PIB superiores à média da OCDE, representando o maior valor desde 1980 (acima de um quarto do PIB – 26,4%). Este valor compara com 25,0% em 2012 (+ 1,4 p.p. em 2013).
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