Segundo o Portuguese Atractiveness Survey 2011, hoje divulgado pela Ernst & Young, o Investimento Direto Estrangeiro (IDE) líquido captado por Portugal em 2010 situou-se nos €1,1 mil milhões (equivalente a 0,6% do PIB), o que representa uma queda de 46% face a 2009. Esta evolução é explicada pelo desinvestimento ocorrido nos setores da construção e indústria transformadora.
De acordo com o inquérito realizado pela Ernst & Young, a maioria dos investidores destaca 3 fatores inibidores de atratividade do IDE em Portugal: a ausência de crescimento económico (considerada relevante por 33% dos inquiridos), o aumento de impostos (30%), e a elevada dívida pública (25%). Adicionalmente, 60% dos inquiridos considera que estes efeitos negativos foram amplificados pela descida do rating da República Portuguesa.
A maioria dos investidores considera ainda que as medidas prioritárias para melhorar a atratividade de Portugal passam por suavizar as obrigações legais e fiscais das empresas (relevante para 38% dos inquiridos), renovar os sistemas de educação e formação (30%), promover a inovação (30%) e melhorar o sistema judicial (26%). A revisão do código do trabalho não é considerada pelos investidores como uma medida prioritária.
De acordo com o mesmo inquérito, um aumento do crescimento económico requer um maior apoio às Pequenas e Médias Empresas (relevante para 33% dos inquiridos), uma redução da carga fiscal (31%), um maior apoio às indústrias de alta tecnologia e inovação (24%) e um acesso ao crédito mais fácil (19%). Os setores do turismo e lazer, tecnologias de informação e comunicação, e energia, serviços e recursos geológicos são os que mais podem contribuir para o crescimento económico de Portugal nos próximos 3 anos.
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