Número: 136
Autor(es): Luís Pedro Manso Machado
Mês: Novembro
Ano: 2019

A combinação de uma base de dados universal e de elevada qualidade para Portugal permite um estudo detalhado do comportamento da firma. Utilizamos o painel harmonizado da Central de Balanços do BPlim para o período de 2006 a 2015 para avaliar o comportamento diferenciado entre exportadores e não exportadores em Portugal. Seguimos a literatura de self-selection e de learning-by-exporting, estimando vários premiums de produtividade para empresas exportadoras. Após encontrar evidência sólida de uma vantagem produtiva dos exportadores face a não-exportadores, a qual aparenta emergir anos antes das firmas começarem a exportar, expandimos o nosso estudo de forma a identificar a casualidade dos resultados anteriores. Desta forma, estimamos um modelo logit de efeitos fixos de forma a averiguar o impacto de várias variáveis na propensão à exportação de uma empresa. Corroboramos a teoria de selfselection, dada a significância da produtividade do trabalho na probabilidade de uma empresa exportar, assim como, o efeito significativo da dimensão absoluta da empresa, quota de mercado relativa, concentração do setor e investimento.

 

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