Autor(es): Duarte Bué Alves
Ano: 2022

Pela história e pela geografia, o mar desempenhou e desempenha um papel muito relevante no que foi e é Portugal. Os ciclos históricos foram valorizando de forma mais ou menos evidente a relação com o oceano, mas hoje parece consensual na sociedade portuguesa que há que valorizar os recursos marítimos, numa ótica holística e de sustentabilidade, aproveitando as mais valias que o Atlântico nos oferece.

Do ponto de vista económico, a realidade é muito mais rica e diversa do que um primeiro olhar porventura permite observar: hoje existe um conjunto de empresas de economia azul robustas e com vocação exportadora; dinâmicas e que apostam na inovação; que contribuem para o PIB e para o emprego. Mais: sem prejuízo de caminho que importa fazer, Portugal é hoje uma referência internacional do ponto de vista das políticas públicas do mar e um país que co-lidera a agenda azul internacional.

No entanto, a economia azul nacional (como no plano global) enfrenta um conjunto relevante de ameaças a que importa estar atento, mas para os quais existem instrumentos de resposta. Combater estas ameaças e, ao mesmo tempo, ter capacidade de responder aos desafios num contexto geo-político e económico de grande instabilidade é um imperativo para Portugal.