Estudos de Temas Económicos
- Data: 05-08-2020
- Autor(es): Guida Nogueira e Paulo Inácio
- Ano: 2020
Ainda não é totalmente conhecida a dimensão da quebra no comércio internacional por via da disrupção das cadeias de fornecimentos e da redução da procura externa, nem o que irá acontecer ao comércio internacional na retoma. No entanto, tendo em conta o desfasamento nas situações epidemiológicas nos vários cantos do globo, as diferentes respostas à pandemia e os impactos associados, é provável que numa primeira fase da retoma da economia europeia, as cadeias de valor prossigam num formato mais regional, o que pode criar algumas oportunidades de exportação para a economia portuguesa.
Num contexto de elevada incerteza quanto à retoma da atividade económica fora da UE, alguns setores da economia portuguesa podem ser ativados, pelo menos temporariamente, para abastecer os mercados da UE substituindo os respetivos fornecedores de origem extracomunitária. Na literatura do comércio internacional este fenómeno é conhecido como um efeito de desvio de comércio. Neste cenário, cria-se uma oportunidade importante para que as empresas portuguesas absorvam competências no curto-prazo, ganhem escala e consigam afirmar-se no contexto europeu no médio-longo prazo.
- Data: 24-07-2020
- Autor(es): Walter Anatole Marques
- Ano: 2020
As exportações portuguesas de calçado, sustentadamente crescentes desde o início da década de 80, atingindo 1,7 mil milhões de Euros em 2001, decresceram a partir de então, tendo-se mantido num patamar médio de 1,3 mil milhões entre 2005 e 2009.
A partir de 2009, assistiu-se a uma recuperação sustentada do crescimento destas exportações, que atingiram os 2 mil milhões de Euros em 2017, para decrescerem nos dois anos seguintes, tendo-se situado em 1,8 mil milhões de Euros em 2019. Em 2019, o valor das importações de calçado, incluindo as matérias-primas, representou 46,5% das exportações (...)
TE 85 - Portugal no mundo do calçado - CI 2017-2019 e Janeiro-Maio 2019-2020.pdf
- Data: 15-07-2020
- Autor(es): Eugénia Pereira da Costa, Catarina Leitão Afonso, Francisco Pereira e Paulo Inácio
- Ano: 2020
O comportamento do setor da construção em Portugal no período 2008 a 2018 caraterizou-se por uma crescente deterioração observável nos vários segmentos de atividade associados. Relativamente aos três principais mercados, Construção Residencial, Construção Não Residencial e Mercado da Engenharia Civil, de acordo com o Euroconstruct, previa-se um agravamento da situação até 2013 seguido de uma ténue recuperação a partir de 2015. Neste estudo apresenta-se uma breve análise da importância do setor da construção na economia nacional bem como uma caraterização conjuntural. É também analisado o comportamento relativo da atividade da construção nacional em contexto europeu, região onde também se observou a degradação dos resultados deste setor no período em análise.
Dada a relevância deste setor para a economia, tanto no plano nacional como internacional, o seu desempenho é motivo de preocupação, originando, por parte das instituições governamentais, a produção de estratégias de políticas públicas de apoio à reconversão, revitalização e reorientação do setor no sentido de reganhar competitividade de forma sustentável. Neste sentido, o presente estudo inicia-se com a análise da importância do setor da construção na economia nacional entre 2008 e 2018, incidindo-se no valor acrescentado bruto, investimento (FBCF) e emprego. No ponto seguinte é feita uma caraterização do setor da construção em Portugal, onde foi destacado vários indicadores de atividade, a evolução do emprego, número de empresas, volume de negócios, produção, entre outros indicadores. (...)
TE84 - Evolução do Setor da Construção em Portugal 2008-2018.pdf
- Data: 07-07-2020
- Autor(es): Ricardo Pinheiro Alves e Tiago Domingues
- Ano: 2020
O presente estudo resulta de uma iniciativa conjunta entre o Gabinete de Estratégia e Estudos (GEE) do Ministério da Economia e da Transição Digital e o Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral (GPP) do Ministério da Agricultura, tendo sido publicado previamente em Julho de 2020 na edição nª 19 “Macroeconomia e Agricultura” da revista Cultivar – Cadernos de Análise e Prospetiva.
- Data: 04-06-2020
- Autor(es): Vários autores
- Ano: 2020
A retoma da economia portuguesa é o primeiro passo para minimizar a perda de rendimentos e o aumento do desemprego que os efeitos do Covid-19 provocaram. Até ao momento, a pandemia afetou significativamente a atividade das empresas e a vida das famílias, traduzindo-se num choque económico simultâneo na oferta e na procura, mas em que o segundo terá provavelmente maior magnitude.
Na primeira fase, as medidas de apoio visaram minimizar os efeitos económicos adversos, que atingiram os países de forma assimétrica e em períodos distintos. Na fase de retoma os apoios deverão ser orientados para as áreas com maior potencial para dinamizar o crescimento e a criação de emprego. Neste âmbito, a estratégia de retoma da economia portuguesa deverá ter em conta o impulso na transição para uma economia digital e as consequentes alterações nos processos produtivos, os efeitos do endividamento da economia na procura agregada e as alterações previstas no comércio internacional e no funcionamento das cadeias de valor em virtude da pandemia e que irão condicionar a recuperação nos tempos mais próximos.
- Data: 20-05-2020
- Autor(es): Rita Bessone Basto, Paulo Inácio, Guida Nogueira, Ricardo Pinheiro Alves e Sílvia Santos
- Ano: 2020
1 – Este documento procura analisar alguns canais de transmissão do impacto da crise na economia portuguesa e identificar os sectores de actividade potencialmente mais afectados. Realce-se que este trabalho não pretende avaliar os custos totais para a economia portuguesa do Covid-19. Isso implicaria um modelo de equilíbrio geral, ao qual o GEE não tem acesso e cujos resultados na presente conjuntura de elevada incerteza seriam sempre limitados na sua interpretação.
2 - O objetivo final é contribuir para uma maior selectividade na definição de políticas públicas pelo Ministério da Economia, no contexto actual, incluindo a definição de prioridades sectoriais para a recuperação económica. Para além da mitigação dos efeitos negativos de curto prazo associados a estes choques, pretende-se ainda que as medidas possam evitar disrupções na actividade produtiva destes sectores que comprometam a sua capacidade de contribuírem para o futuro crescimento da economia.
- Data: 31-03-2020
- Autor(es): Walter Anatole Marques
- Ano: 2020
Estas séries anuais visam reunir informação que permita ao utilizador efetuar uma análise, com algum detalhe, da evolução do comércio internacional português ao longo dos últimos seis anos (2014 a 2019).
Os dados de base aqui utilizados foram extraídos do Portal do INE, correspondendo 2014 a 2017 a versões definitivas, 2018 a uma versão provisória e 2019 a uma versão preliminar, com última atualização em 07-02-2020.
TE 80 -Comércio Internacional de Mercadorias Séries Anuais-2014 a 2019.pdf
- Data: 23-12-2019
- Autor(es): Catarina Nunes, Eduardo Guimarães, Florbela Almeida, Luís Campos, Ricardo Pinheiro Alves, Sílvia Santos e Vanda Dores
- Ano: 2019
A partir do início dos anos 2000, o sector do calçado português definiu um plano estratégico e reposicionou os seus produtos nos mercados externos através de uma atitude mais positiva face aos desafios da internacionalização, orientada para o reforço da competitividade, atuando ao nível da eficiência dos sistemas de informação e digitais, na diferenciação dos produtos e na aposta na imagem externa da produção nacional. Desde então, a aposta do sector passou a ser progressivamente no fabrico de produtos de elevado valor acrescentado, dirigidos essencialmente ao mercado europeu, que apresenta um maior poder de compra e uma maior proximidade em termos físicos e culturais. Como forma de ultrapassar a concorrência pelos preços dos outros produtores mundiais de calçado, a capacidade de resposta rápida às encomendas com o aumento da flexibilização produtiva, e a produção de peças “à medida”, dirigindo as suas linhas de produção ao fabrico de pequenas séries que respondessem às preferências dos consumidores, foram os fatores competitivos decisivos para a penetração das empresas portuguesas no mercado internacional.
- Data: 13-12-2019
- Autor(es): Walter Anatole Marques
- Ano: 2019
Pretende-se com estas fichas estatísticas acompanhar de perto a evolução das trocas comerciais de mercadorias de Portugal com os “Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa” (PALOP), visando a identificação de possíveis vias de intensificação das trocas comerciais recíprocas. Começa-se por abordar a evolução destas trocas comerciais ao longo dos últimos cinco anos, incidindo uma análise mais aprofundada nos anos de 2017 e 2018 e período acumulado de janeiro a agosto de 2018 e 2019. São aqui utilizados dados estatísticos de base divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a partir da Nomenclatura Combinada (NC), definitivos até 2017, provisórios para 2018 e preliminares para 2019, com última atualização em 10 de outubro de 2019.
- Data: 06-09-2019
- Autor(es): Florbela Almeida, Graça Sousa e Dulce Guedes Vaz
- Ano: 2019
Impulsionado pela indústria de embalagens, o uso do plástico cresceu de forma exponencial. Estima-se que a produção em 2050 chegue aos 33 mil milhões de toneladas. Segundo a ONU, este, constitui o maior desafio ambiental do século XXI.