Data: 07-06-2023
Autor(es): Gabriel Osório de Barros e Inês Póvoa
Ano: 2023

O presente Tema Económico analisa a crescente importância do lítio para a transição climática e energética e a consequente pressão sobre os produtores para encontrar métodos mais eficientes e sustentáveis de exploração e reciclagem. O lítio, um componente crucial nas baterias de veículos elétricos e armazenamento de energia renovável, é apresentado como elemento-chave para a mitigação das alterações climáticas e a transição para fontes de energia mais limpas.

No entanto, a exploração de lítio também tem implicações ambientais consideráveis, incluindo poluição da água e do ar e a destruição de habitats naturais. Neste sentido, é imperativo o desenvolvimento de uma estratégia integrada que incorpore melhores práticas de mineração e reciclagem, legislação ambiental clara e assertiva, e investimento em Investigação e Desenvolvimento.

Conclui-se que a procura por lítio continuará a crescer, sublinhando a necessidade de uma gestão eficaz e sustentável deste recurso. Além disso, o papel crucial do lítio na transição energética exige estratégias robustas para garantir um fornecimento estável e sustentável, minimizando simultaneamente os impactos ambientais e promovendo a economia circular.

A implementação dessas estratégias deve estar alinhada com as iniciativas da União Europeia que visam promover a inovação, a sustentabilidade e a competitividade na indústria de baterias. Destaca-se a necessidade de uma abordagem integrada, adaptada às circunstâncias e capacidades específicas de cada Estado-Membro, para enfrentar os desafios associados à gestão do lítio na economia do futuro.

 

TE 116 - O Papel do Lítio na Transição Energética e Digital Oportunidades e Desafios para Portugal no contexto europeu.pdf

Data: 16-03-2023
Autor(es): Sílvia Gregório dos Santos
Ano: 2023

A digitalização permite potenciar a inovação, gerar eficiências económicas e ambientais e incrementar a produtividade. Esta já era uma realidade no setor do Turismo, sendo que a pandemia Covid-19 veio acelerar esta necessidade e revelar um leque de oportunidades para as empresas do setor, como o desenvolvimento de novos produtos e serviços, processos de gestão e comunicação, acessibilidade a novos mercados e a melhoria da experiência do turista.
Em Portugal, são vários os exemplos de iniciativas e medidas de política que têm permitido alavancar as atividades do Turismo cumprindo estes (novos) desafios. A chave do sucesso centra-se na colaboração estreita e em rede entre as empresas e entidades públicas e associativas, nomeadamente os centros de investigação, que potenciam a capacidade de inovação num dos principais setores da economia nacional.
O artigo pretende contribuir para uma reflexão sobre as tendências e as necessidades futuras do Turismo, nomeadamente em Portugal, bem como a apresentação de exemplos e boas práticas, num período em que a digitalização e a inovação são fatores cruciais para o objetivo da sustentabilidade, em linha com as agendas europeia e mundial.

 

GEE_TE_Inovação e Digitalização_Um caminho para a sustentabilidade_16032023 .pdf

Data: 19-01-2023
Autor(es): Gabriel Osório de Barros e Gonçalo Novo
Ano: 2023

O Alojamento Local (AL) é um tipo de alojamento que se baseia na oferta de quartos ou casas inteiras para hóspedes por períodos curtos (em particular turistas), geralmente por meio de plataformas online.

Este tipo de alojamento tem-se tornado cada vez mais popular em destinos turísticos, como Lisboa, pois permite aos proprietários de imóveis obter rendimentos adicionais e aos turistas ter experiências mais próximas da vida quotidiana e menos onerosas.

O AL pode ter impactos positivos nas cidades, como sejam oferecer um tipo de alojamento mais próximo das necessidades dos turistas, contribuir para o desenvolvimento económico local, gerar rendimentos para os proprietários de imóveis, criar oportunidades de emprego, ou promover a reabilitação dos imóveis.

No entanto, o AL também pode gerar impactos negativos, como a gentrificação ou a descaracterização dos bairros. Para minimizar estes impactos, os municípios podem implementar medidas de regulamentação e de contenção, como licenciamentos obrigatórios, quotas máximas de alojamentos e zonas de exclusão.

O presente Tema Económico constitui uma reflexão sobre os impactos, os desafios e as oportunidades do AL no Concelho de Lisboa, explorando a regulamentação e as políticas municipais, os benefícios e os riscos para a cidade e para os residentes, e a possibilidade de contribuição para o desenvolvimento social, económico e ambiental da cidade.

 

TE 114 - O Alojamento Local no Concelho de Lisboa.pdf

Data: 13-01-2023
Autor(es): Teresa Maria Rebelo
Ano: 2023

A Diretiva sobre reestruturação e insolvência (Diretiva (UE) 1023/2019, de 20 de junho) dá enfoque à importância de uma reestruturação preventiva da parte das empresas para evitar o agravamento de dificuldades que podem conduzir à insolvência, priorizando a criação de diversos mecanismos de alerta que possam ajudar os órgãos de gestão numa tomada de decisão em tempo útil. De igual forma, é valorizada a via extrajudicial e a existência de instrumentos alternativos, para que a máquina judicial seja libertada de processos que reúnem condições de aprovação de planos de recuperação numa esfera mais reduzida, fora dos tribunais.

A transposição desta Diretiva para o quadro jurídico português foi feita em janeiro de 2022. Neste documento, é apresentado um balanço dos mecanismos judiciais e extrajudiciais em Portugal, das fragilidades encontradas ao nível extrajudicial, nomeadamente do Regime Extrajudicial de Recuperação de Empresas (RERE), do funcionamento do Mecanismo de Alerta Precoce (MAP) em Portugal e da importância de uma divulgação do papel do mediador de recuperação de empresas enquanto perito qualificado para apoiar as empresas em sede de recuperação ou de revitalização empresarial.

 

TE 113 - Recuperação_RevitalizaçãoEmpresarial.pdf

Data: 11-01-2023
Autor(es): Eugénia Pereira da Costa | Carla Ferreira
Ano: 2023

A oferta de recursos humanos em ciência e tecnologia está entre os fatores mais importantes na base da competitividade da União Europeia (UE) a longo prazo. A procura de recursos humanos pode variar, dependendo do setor industrial ou setores tecnológicos e, portanto, o foco em 'despesas de Investigação e Desenvolvimento (I&D)' deve ser complementado por indicadores como 'pessoal de I&D' e 'investigadores' para captar plenamente a vantagem comparativa da UE. Neste contexto, a sub-representação das mulheres na investigação pública e privada apresenta um potencial de talento não utilizado e priva as mulheres da oportunidade de contribuírem para a investigação e inovação (I&I), num plano de igualdade de género.
O presente estudo analisa o contexto de Portugal em termos de igualdade de género no âmbito da I&I, comparando-a com a média dos 27 países da UE (UE27), através de uma seleção de indicadores. Apresenta um ponto de situação das principais iniciativas de política pública adotadas, no contexto europeu e nacional, e analisa algumas tendências no contexto global em matéria de representatividade das mulheres nas áreas da ciência e da tecnologia.
Os dados revelam que, em Portugal, a proporção de mulheres entre os doutorados é superior à dos homens e que a UE27 está perto de alcançar a paridade de género entre os doutorados. Tanto a nível da UE27 como nacional, as mulheres continuam sub-representadas nos campos das Tecnologias de Informação e Comunicação e Engenharia, Indústria e Construção. Apesar de se observarem evoluções positivas na trajetória de diminuição da disparidade de género nos domínios da ciência, da investigação e da tecnologia, as mulheres permanecem significativamente sub-representadas nos lugares de topo (grau A) do setor do ensino superior e nos quadros de direção e gestão executiva das instituições de investigação. Neste sentido, é necessário acelerar o processo de igualdade de género em I&I, prosseguindo e reforçando as medidas de política pública para promover a adoção de modelos mais tangíveis para encorajar mais mulheres a seguir uma carreira científica e a participar nas decisões de política científica, garantindo a sua presença em conselhos de administração das instituições.

TE 112 - ID e Inovação - (Des) Igualdade de Género.pdf

 

Data: 16-12-2022
Autor(es): Guida Nogueira, Paulo Inácio e Joana Almodovar
Ano: 2022

Globalisation is an important source of efficiency gains, contributing to boost economic growth, improve income, and enhance well-being worldwide.
The COVID-19 pandemic has re-ignited the debate around the pros and cons of globalisation, and the world economy is currently faced with a potential major reconfiguration.
In this context, the EU is updating its industrial strategy to increase Europe’s self-sufficiency in strategic sectors, boost its own industry and assert its economic power. By acknowledging the richness of this analytical approach, the purpose of this article is to transpose EU’s methodology to the Portuguese case to gain a country specific perspective that improves the understanding of common versus specific challenges and vulnerabilities of the Portuguese economy vis-à-vis EU’s economy.
Specifically, we reproduce the proposed key performance indicators for the 14 industrial strategic ecosystems at the EU level for Portugal and we apply the EC methodology to identify strategic dependencies at the national level.

 

TE 111 – “European Industrial Strategy in the recent context Industrial Ecosystems and Strategic Dependencies’ insights from Portugal”.pdf

Data: 14-12-2022
Autor(es): Walter Anatole Marques
Ano: 2022

O valor das exportações anuais portuguesas de mercadorias com destino à Turquia tem-se mantido praticamente abaixo do nível das importações desde 2000. Tendo-se aproximado do nível das importações entre os anos 2008 e 2017, ultrapassando-o mesmo ligeiramente em 2012 e 2014, afastou-se a partir de então, situando-se em 620 milhões de Euros em 2021, contra 1177 nas importações.

 

TE 110 - Comércio Externo da Turquia & Portugal – Turquia (2017-2021 e Janeiro-Setembro 20212022).pdf

Data: 14-12-2022
Autor(es): Walter Anatole Marques
Ano: 2022

Apresentam-se neste trabalho indicadores de evolução em Valor, Volume e Preço das importações e das exportações portuguesas de mercadorias, calculados para o período acumulado de Janeiro a Setembro de 2022, a preços do período homólogo de 2021.
Para o cálculo dos índices de preço, as posições pautais a oito dígitos da Nomenclatura Combinada (NC-8), relativas às importações e às exportações de mercadorias com movimento nos dois anos, foram agregadas em 11 grupos e 38 subgrupos de produtos afins (ver Anexo).

 

TE 109 - Comércio Internacional de mercadorias Taxas de variação homóloga em Valor Volume e Preço por grupos e subgrupos de produtos (Janeiro-Setembro 20222021).pdf

 

 

Data: 09-12-2022
Autor(es): Gabriel Osório de Barros | Inês Póvoa
Ano: 2022

O turismo é um sector essencial para a economia portuguesa, permitindo o aumento de receitas para a economia e para o Estado, a criação de emprego, novas oportunidades de negócio, e dinamizando as várias regiões, atrativas pela qualidade das infraestruturas, produtos e serviços, nomeadamente a hotelaria, bem como pelo seu interesse cultural e histórico. Além desses fatores, o sector do turismo também conta com a qualidade do ambiente natural, água limpa, ar puro, clima agradável e qualidade do ecossistema. Importa, por isso, garantir que o contributo económico e social deste sector segue padrões de sustentabilidade ambiental.
O presente Tema Económico analisa um conjunto indicadores de sustentabilidade para posicionar o ecossistema turístico em Portugal, em comparação com a União Europeia, nomeadamente a capacidade e os desafios para contribuir para a concretização dos objetivos de neutralidade climática e sustentabilidade.
Nesse contexto:

  • É importante que o sector do turismo, nomeadamente em Portugal, continue a ponderar os seus impactos em termos ambientais, mitigando as atividades adversas e seguindo as melhores práticas para reduzir o seu impacto ambiental;
  • As empresas devem melhorar a sua gestão e planeamento ambiental, aumentar a consciência ambiental e contribuir para a proteção e preservação do meio ambiente;
  • Tanto a divulgação de boas práticas como a sensibilização para comportamentos mais sustentáveis (e.g., “slow travel”, “pegada ecológica zero” ou “diga não ao plástico”) são essenciais não só para que os empreendimentos se tornem mais sustentáveis como também para tornar os viajantes mais responsáveis pelo seu comportamento;
  • A alta prevalência da atividade económica dependente do turismo cria pressões em termos de sustentabilidade ambiental que devem ser abordadas por políticas públicas.

Este tema ganhou uma relevância adicional com a “Agenda Europeia para o Turismo 2030”, recentemente aprovada pelo Conselho da União Europeia, a 1 de dezembro de 2022. Esta Agenda resulta, em grande parte, do compromisso assumido durante a Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia. Cabe agora à Comissão Europeia e aos Estados-Membros implementar e acompanhar a aplicação do Plano de Trabalhos Plurianual da União Europeia que consta da Agenda, reforçando a competitividade assente num modelo de turismo circular e sustentável.

TE108 - Environmental impact of tourism in Portugal – comparative analysis and challenges.pdf

Data: 08-11-2022
Autor(es): Walter Anatole Marques
Ano: 2022

Neste trabalho vai-se analisar a evolução recente das importações e exportações do conjunto das máquinas e unidades de informática, dispositivos semicondutores e circuitos integrados electrónicos, produtos que constituem o subgrupo “Informática, memórias e circuitos integrados” do grupo “Máquinas, aparelhos e partes”, um dos onze grupos em que integramos habitualmente os produtos da Nomenclatura Combinada, a que se acrescentam as “Partes e acessórios de máquinas de processamento de dados”, que fazem parte do subgrupo “Outras máquinas e aparelhos mecânicos”.

 

TE 107 - Máq. Inform, semic. e circuitos_2020-21 e JAgo 21-22 .pdf