Tendo como referência a informação sobre preços de um cabaz comum de bens e serviços de 37 países europeus, compilada e trabalhada centralmente, o EUROSTAT calcula indicadores de Paridades de Poder de Compra (PPC), determinado num numerário artificial comum – o Purchasing Power Standard (PPS), com o objetivo de apresentar estimativas para os agregados da despesa ajustados das diferenças de preços relativos. Entre as diversas utilizações desta informação, salienta-se a da identificação das regiões suscetíveis de beneficiarem dos Fundos Estruturais.
Considerando os valores por ordem decrescente, observa-se que a dispersão do indicador de volume do PIBpc medido em PPC nos 28 estados membros da UE é muito significativa. O Luxemburgo (261,2) apresenta o maior índice de volume entre os 37 países incluídos nesta análise, mais de duas vezes e meia acima da média da UE28 e cerca de 5 vezes maior que o da Bulgária (50,8), o país da UE com o valor mais baixo.
O Produto Interno Bruto per capita (PIBpc) expresso em Paridades de Poder de Compra em Portugal foi de 76,8% da média da União Europeia em 2018, valor superior em 0,2 p.p. ao de 2017 (76,6%).
Em termos nominais, o PIB per capita de Portugal em 2018 apresentou um crescimento de 4,2%, determinado pelo crescimento nominal do PIB (4,1%) e pela diminuição da população (-0,16%).
Entre os 19 Estados-Membros que integram a Zona Euro, Portugal ocupava, em 2018, a 16ª posição, abaixo da Estónia (81,6) e da Lituânia (80,2) e à frente da Eslováquia, Letónia e Grécia.
Enquanto o PIBpc é, principalmente, um indicador do nível de atividade económica, a Despesa de Consumo individual per capita (DCIpc) é um indicador mais apropriado para refletir o bem-estar das famílias. Devido aos efeitos da redistribuição do rendimento, a dispersão da DCIpc é menor que a evidenciada pelo PIBpc. Na DCIpc inclui-se, além das despesas de consumo final das famílias, as transferências sociais em espécie das Administrações Públicas para as famílias, de que são exemplo as comparticipações públicas nos preços de medicamentos e outros produtos farmacêuticos.
Tomando como referência este indicador, o posicionamento relativo de Portugal é um pouco melhor que o indicado pelo PIBpc no conjunto dos países considerados, ocupando a 13ª posição entre os países da Zona Euro. Em 2018, a DCIpc foi superior à do PIBpc para Portugal, tendo passado de 81,5% da média da UE em 2017 para 82,9%.
(Gráfico: INE)
Documento PDF