Em 2020, a capacidade de financiamento da economia portuguesa foi de 0,1% do PIB. Este resultado reflecte as capacidades de financiamento dos particulares e das sociedades financeiras (respectivamente de 5,9% e 2,2% do PIB), que, em conjunto, excederam ligeiramente as necessidades de financiamento das administrações públicas e das sociedades não financeiras (respectivamente de 5,7% e 2,3% do PIB).

Em comparação com 2019, a capacidade de financiamento da economia portuguesa reduziu-se em 1,1 pontos percentuais (pp). Esta redução reflecte, sobretudo, a descida do saldo das administrações públicas, em 5,8 pp, e o aumento da capacidade de financiamento dos particulares em 4,4 pp. Observou-se ainda uma diminuição da capacidade de financiamento das sociedades financeiras em 0,2 pp e uma redução da necessidade de financiamento das sociedades não financeiras em 0,5 pp.

No 4º trimestre de 2020, a Capacidade Líquida de Financiamento da Economia Portuguesa manteve-se em 0,1% do Produto Interno Bruto (PIB) (ano acabado em cada trimestre para todos os dados), o mesmo valor do que no trimestre anterior (0,1%).

Verificou-se a redução da Necessidade Líquida de Financiamento das Sociedades não Financeiras de 2,4% para 2,3% do PIB e as Sociedades Financeiras mantiveram o valor de 2,2%. As Famílias aumentaram a sua Capacidade de Financiamento para 5,9% do PIB (4,5% do PIB no 3º trimestre de 2020). As Administrações Públicas aumentaram a sua necessidade líquida de financiamento de 4,2% para 5,7% do PIB.

No 4º trimestre de 2020, a variação de Passivos da Economia Portuguesa (vis-à-vis com o Resto do Mundo) registou um aumento de 3,0% do PIB.

No 4º trimestre de 2020, a variação dos Passivos das Sociedades não Financeiras registou um aumento de 6,3% do PIB.

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