Seminários GEE
- Autor(es): Pedro Martins
- Ano: 2023
As work evolves, firm-provided training may be more relevant. However, there is little causal evidence about the effects of training on firms. This paper studies a large training grants programme supported by the European Social Fund, contrasting firms in Portugal that received the grants and others that also applied but were unsuccessful. Combining several rich data sets, we compare a large number of potential outcomes of these firms, while following them over several years both before and after the grant decision. Our difference-in-differences models estimate significant positive effects on take up (training hours and expenditure), with limited deadweight; and that such additional training led to increased sales, value added, employment, productivity, and exports. These effects tend to be of at least 5% and, in some cases, 10% or more, and are robust in multiple dimensions.
- Autor(es): Marta C. Lopes e Inês Póvoa
- Ano: 2023
Este artigo analisa o impacto dos incêndios florestais no capital e nos níveis de emprego das empresas. O cruzamento da informação das empresas com a distribuição geográfica detalhada das áreas ardidas em Portugal em 2017, utilizando o código postal de 7 dígitos das empresas, permite distinguir empresas tratadas, localizadas em áreas queimadas, e um grupo de controlo de empresas em regiões não afetadas.
Utilizando uma metodologia de “diferença-nas-diferenças”, pode-se concluir que as empresas tratadas diminuíram, em média, os seus ativos em 10,3% e os níveis de emprego em 9,4%, em comparação com as empresas no grupo de controlo. Considerando a heterogeneidade na estrutura de ativos das empresas com maiores rácios de ativos relacionados com terrenos e edifícios. As perdas numa determinada região significativamente afetada por incêndios florestais podem ser substanciais, aproximadamente 0,6% e 1% para ativos e empregos, respetivamente. A quantificação dos impactos heterogéneos poderá ser relevante para o desenho das medidas ex-post de apoio às empresas afetadas por incêndios florestais.
The_impact_of_wildfire_on_assets_and_employment__GEE_ (5) (1).pdf
- Autor(es): Adriana Lopes, Filipe Ferreira, Gonçalo Santos, João Gomes e Margarida Caroço
- Ano: 2023
Considerando o contexto atual de aplicação de fundos provenientes da Estratégia Portugal 2030 e do Plano de Recuperação e Resiliência em que se destaca a relevância da transição digital, o estudo “The Impact of R&D investment in the ICT sector on labour productivity” procurou avaliar o impacto do investimento privado em R&D no setor das TIC na produtividade. Neste estudo utilizaram-se dados de 22 países europeus, tendo sido comparado o impacto da variação do investimento em I&D no setor das TIC na variação da produtividade com o respetivo impacto da variação desse investimento no setor não TIC, controlando a variação da população com educação secundária. Deste estudo concluiu-se que o impacto deste investimento é maior em setores não TIC comparativamente aos setores das TIC, embora o modelo desenvolvido apresente algumas limitações no que toca à omissão de variáveis que afetam também a produtividade.
Apresentação_79ºSeminário GPEARI GEE.pdf
The impact of R&D investment in the ICT sector on labour productivity.pdf
- Autor(es): Alessio Terzi
- Ano: 2022
Historically, industrialization, capitalism, and affluence have contributed to the emissions that are warming the planet’s atmosphere. As humanity starts to grapple with the Herculean challenge of climate change, should economic growth be abandoned to stand a chance of success? Would this lead to a better society, especially in already rich nations, freeing them from pointless consumerism? The book takes these legitimate concerns as a starting point to draw the reader on a journey into the socioeconomic, evolutionary, historical and cultural origins of the growth imperative. Growth is underpinned by the human quest for happiness, wellbeing and self-determination, and contributes to the stability of liberal democracy, the peaceful conduct of politics and international relations, and the very way our society is organized: capitalism. Ditching it would not only prove impractical, but would also sow chaos, exacerbating conflict within and between societies. Rather than simply stating impossibilities, Growth for Good draws a credible agenda to enroll capitalism in the fight to stave off climate catastrophe. Shelving command-and-control solutions, or the complete reliance on the market, Terzi details a plan involving an activist government, proactive business, and engaged citizens.
"Autor:
Alessio Terzi, a lecturer at HEC Paris and Sciences Po Lille, is an Economist at the European Commission. Prior to this, he was a Fellow at Bruegel and a Fulbright Scholar at the Harvard Kennedy School. He also has work experience from the European Central Bank. He obtained a PhD from the Hertie School with a thesis on economic growth, holds an MPA in economic policy from the LSE, and a BSc in international economics from Bocconi University. His research and commentaries have appeared in leading media outlets including BBC World News, Financial Times, and the Wall Street Journal."
- Autor(es): Heiner Mikosh
- Ano: 2022
The Nowcasting Lab is an automated code-database-website environment for GDP forecasting. It generates nowcasts and one-quarter ahead forecasts for quarterly GDP growth of currently 12 European countries and the euro area using several forecasting models and a large amount of data. The projections are updated daily and released on a website together with detailed additional information. Forecast practitioners can use the website as an extended arm for their work. Researchers can use the lab to monitor and test new forecasting models in a true out-of-sample environment. All projections and input data are stored in a daily vintage real-time database which can be used for real-time forecasting studies. As an application, we analyze the performance of the GDP forecasting models during the COVID-19 crisis.
nowcastinglab_GPEARI_15.11.22.pdf
- Autor(es): Duarte Bué Alves
- Ano: 2022
Pela história e pela geografia, o mar desempenhou e desempenha um papel muito relevante no que foi e é Portugal. Os ciclos históricos foram valorizando de forma mais ou menos evidente a relação com o oceano, mas hoje parece consensual na sociedade portuguesa que há que valorizar os recursos marítimos, numa ótica holística e de sustentabilidade, aproveitando as mais valias que o Atlântico nos oferece.
Do ponto de vista económico, a realidade é muito mais rica e diversa do que um primeiro olhar porventura permite observar: hoje existe um conjunto de empresas de economia azul robustas e com vocação exportadora; dinâmicas e que apostam na inovação; que contribuem para o PIB e para o emprego. Mais: sem prejuízo de caminho que importa fazer, Portugal é hoje uma referência internacional do ponto de vista das políticas públicas do mar e um país que co-lidera a agenda azul internacional.
No entanto, a economia azul nacional (como no plano global) enfrenta um conjunto relevante de ameaças a que importa estar atento, mas para os quais existem instrumentos de resposta. Combater estas ameaças e, ao mesmo tempo, ter capacidade de responder aos desafios num contexto geo-político e económico de grande instabilidade é um imperativo para Portugal.
- Autor(es): Gonçalo Novo e Gabriel Osório de Barros
- Ano: 2022
A pandemia da COVID-19 causou uma disrupção muito significativa da atividade turística global, depois de 2019 ter sido o ano com o maior número de viagens e receitas desde que há registo. Portugal, como país em que o setor apresenta um peso significativo na geração de riqueza e no emprego, foi particularmente afetado pela situação de emergência sanitária provocada pela pandemia da COVID-19. Contudo, os efeitos provocados pela pandemia e pelas políticas públicas que surgiram em sua resposta, distribuíram-se de modo assimétrico, com os diferentes segmentos de alojamento turístico a apresentarem diferentes estágios de resiliência na absorção do choque. No novo contexto criado pela pandemia, as características de determinados tipos de alojamento constituíram, em si, vantagens comparativas relativamente aos seus concorrentes.
- Autor(es): Carlos Oliveira
- Ano: 2022
Over the last three decades, wage inequality and the importance of the minimum wage presented an interesting negative correlation in Portugal. Using a semiparametric approach, counterfactual decomposition methods, and an extremely rich matched employer-employee dataset of all employees in the country, this paper presents significant visual and quantitative evidence of how the minimum wage structurally reshaped the wage distribution. The remarkable rise in the real minimum wage of 2006-2019 fully explained the sharp decline in wage inequality, and 40% of average wage growth - for women, who benefited the most, that was 60%. Spillover effects reached up to 40% above the minimum, being at times more important than the bite itself. The minimum wage reduced within and between wage inequality in several fronts, cutting the gender wage gap by a quarter, potentially decreasing the returns to education, and raising wages of workers at less productive firms. While the minimum wage bite was felt in workers' base wages, spillovers predominantly manifested in total wages – GEE Paper nº160
- Autor(es): Carolina Amaral e Inês Póvoa
- Ano: 2022
Portugal tem vindo a reforçar a sua ambição no combate às alterações climáticas. No plano europeu, foi estabelecido o objetivo de atingir a neutralidade carbónica até 2050. Mais recentemente o pacote legislativo ""Objetivo 55"" tem vindo a ser discutido de forma a garantir uma transição justa, reforçando a inovação e competitividade da Europa. A ambição climática, assente numa lógica de sustentabilidade competitiva, em linha com o Pacto Ecológico Europeu e com a Lei Europeia do Clima, está também refletida no Plano de Recuperação e Resiliência apresentado por Portugal, que visa a retoma do crescimento económico sustentado após a crise pandémica. A transição climática constitui uma prioridade de investimento do país para a recuperação da economia, potenciando oportunidades de competitividade.
Neste contexto, os indicadores de economia ambiental são essenciais para monitorizar o progresso, apoiar a avaliação de políticas e informar sobre a posição de Portugal face aos outros países europeus. Desta forma, o trabalho que irá ser apresentado procura caraterizar o peso da economia do ambiente, a política ambiental e a inovação relacionada com a temática ambiental em Portugal, e comparar com a realidade europeia. São ainda analisados outros indicadores relacionados com a produção e utilização de energia, os transportes, o ar e água, as florestas e a utilização de recursos e tratamento de resíduos.
- Autor(es): Maximilian Göbel, Nuno Tavares
- Ano: 2022
Extraordinary fiscal and monetary interventions in response to the COVID-19 pandemic have revived concerns about zombie prevalence in advanced economies. The literature has already linked this phenomenon - observed over the course of the last two decades - to impeding the performance of healthy firms in Japan and Europe. To make the case for the United States, we analyze banks' and capital markets' zombie-lending practices on the basis of a sample of publicly listed U.S. companies. Our results suggest that zombie prevalence and zombie-lending per se are not a defining characteristic of the U.S. economy. Nevertheless, we find evidence for negative spillovers of zombie-lending on productivity, capital-growth, and employment-growth of non-zombies as well as on overall business dynamism. It is predominantly the class of healthy small- and medium-sized companies that is sensitive to zombie-lending activities, with financial constraints further amplifying these effects.