Autor(es): Gonçalo Novo e Gabriel Osório de Barros
Ano: 2022

A pandemia da COVID-19 causou uma disrupção muito significativa da atividade turística global, depois de 2019 ter sido o ano com o maior número de viagens e receitas desde que há registo. Portugal, como país em que o setor apresenta um peso significativo na geração de riqueza e no emprego, foi particularmente afetado pela situação de emergência sanitária provocada pela pandemia da COVID-19. Contudo, os efeitos provocados pela pandemia e pelas políticas públicas que surgiram em sua resposta, distribuíram-se de modo assimétrico, com os diferentes segmentos de alojamento turístico a apresentarem diferentes estágios de resiliência na absorção do choque. No novo contexto criado pela pandemia, as características de determinados tipos de alojamento constituíram, em si, vantagens comparativas relativamente aos seus concorrentes.

 

Tema Economico 97

Seminário 75 GEE_GPEARI.pptx

 

 

 

Autor(es): Carlos Oliveira
Ano: 2022

Over the last three decades, wage inequality and the importance of the minimum wage presented an interesting negative correlation in Portugal. Using a semiparametric approach, counterfactual decomposition methods, and an extremely rich matched employer-employee dataset of all employees in the country, this paper presents significant visual and quantitative evidence of how the minimum wage structurally reshaped the wage distribution. The remarkable rise in the real minimum wage of 2006-2019 fully explained the sharp decline in wage inequality, and 40% of average wage growth - for women, who benefited the most, that was 60%. Spillover effects reached up to 40% above the minimum, being at times more important than the bite itself. The minimum wage reduced within and between wage inequality in several fronts, cutting the gender wage gap by a quarter, potentially decreasing the returns to education, and raising wages of workers at less productive firms. While the minimum wage bite was felt in workers' base wages, spillovers predominantly manifested in total wages – GEE Paper nº160

Apresentação

 

 

 

Autor(es): Carolina Amaral e Inês Póvoa
Ano: 2022

Portugal tem vindo a reforçar a sua ambição no combate às alterações climáticas. No plano europeu, foi estabelecido o objetivo de atingir a neutralidade carbónica até 2050. Mais recentemente o pacote legislativo ""Objetivo 55"" tem vindo a ser discutido de forma a garantir uma transição justa, reforçando a inovação e competitividade da Europa. A ambição climática, assente numa lógica de sustentabilidade competitiva, em linha com o Pacto Ecológico Europeu e com a Lei Europeia do Clima, está também refletida no Plano de Recuperação e Resiliência apresentado por Portugal, que visa a retoma do crescimento económico sustentado após a crise pandémica. A transição climática constitui uma prioridade de investimento do país para a recuperação da economia, potenciando oportunidades de competitividade.

Neste contexto, os indicadores de economia ambiental são essenciais para monitorizar o progresso, apoiar a avaliação de políticas e informar sobre a posição de Portugal face aos outros países europeus. Desta forma, o trabalho que irá ser apresentado procura caraterizar o peso da economia do ambiente, a política ambiental e a inovação relacionada com a temática ambiental em Portugal, e comparar com a realidade europeia. São ainda analisados outros indicadores relacionados com a produção e utilização de energia, os transportes, o ar e água, as florestas e a utilização de recursos e tratamento de resíduos.

 

Seminário_Economia Ambiente_20062022_pub.pdf

Autor(es): Maximilian Göbel, Nuno Tavares
Ano: 2022

Extraordinary fiscal and monetary interventions in response to the COVID-19 pandemic have revived concerns about zombie prevalence in advanced economies. The literature has already linked this phenomenon - observed over the course of the last two decades - to impeding the performance of healthy firms in Japan and Europe. To make the case for the United States, we analyze banks' and capital markets' zombie-lending practices on the basis of a sample of publicly listed U.S. companies. Our results suggest that zombie prevalence and zombie-lending per se are not a defining characteristic of the U.S. economy. Nevertheless, we find evidence for negative spillovers of zombie-lending on productivity, capital-growth, and employment-growth of non-zombies as well as on overall business dynamism. It is predominantly the class of healthy small- and medium-sized companies that is sensitive to zombie-lending activities, with financial constraints further amplifying these effects.

 

GoebelTavares_Zombies_v1_handout.pdf

GoebelTavares_ZombiesUS.pdf

https://arxiv.org/abs/2201.10524

Autor(es): Leonor Trindade
Ano: 2022

O Next Generation EU, enquanto instrumento de resposta integrada Europeia, tem com objetivos, por um lado, dar resposta aos impactos, a nível económico e social, da pandemia da Covid-19 e, por outro lado, assegurar um crescimento sustentável, resiliente a choques futuros, orientado a dupla transição - climática e digital. Neste âmbito, foi criado o Mecanismo de Recuperação e Resiliência onde se enquadra o Programa de Recuperação e Resiliência (PRR) português, com um período de execução até 2026, o qual constitui um plano de investimentos assente nas dimensões da Resiliência, da Transição Climática e da Transição Digital. O presente seminário foi conduzido por Leonor Trindade que, pela sua profunda experiência no planeamento estratégico, na programação e nas negociações do PRR, transmitiu uma perspetiva sobre o processo de programação e dos principais desafios envolvidos, bem como clarificou diversas questões associadas.

 

PRR Apresentacao GEE - site.pptx

Autor(es): António Portugal Duarte, Fátima Sol Murta
Ano: 2022

O objetivo deste estudo é analisar os impactos macroeconómicos da pandemia de Covid-19 na União Europeia (27 países) e, em particular, em quatro das suas economias – Alemanha, Espanha, Itália e Portugal. Para o efeito foi realizada uma análise contrafactual com base num modelo de previsão ARIMA através do qual se examina o comportamento de algumas variáveis macroeconómicas (Produto Interno Bruto, dívida pública, taxa de inflação, défice público e taxa de desemprego) no contexto da Pandemia de Covid-19 contra um hipotético cenário sem pandemia. Os resultados apontam para um desempenho significativamente melhor de todas as variáveis nos quatro países e na União Europeia caso a pandemia de Covid-19 não tivesse existido. Num cenário sem pandemia, todos os países teriam alcançado níveis de produto mais elevados, apresentando, no entanto, taxas de crescimento económico relativamente mais fracas quando comparadas com a situação de pandemia, nomeadamente em 2021 e 2022. Os resultados apontam também para a existência de excedentes orçamentais na Alemanha e Portugal, em 2020, 2021 e 2022, bem como para uma forte redução (mais de 20 pontos percentuais) da dívida pública espanhola. Em 2021 e 2022, verifica-se também uma menor pressão inflacionista na União Europeia, Alemanha, Espanha e Itália, após uma subida muito acentuada dos preços em 2020. Relativamente ao mercado de trabalho, com exceção da Alemanha e União Europeia, onde o desemprego seria relativamente mais elevado, os restantes países registariam taxas de desemprego mais baixas.

 

Impacts_Covid_19_Ciclo_de_Seminarios_GEE_CPEARI_APD_FSM.pdf

 

Autor(es): Gabriel Osório de Barros
Ano: 2022

A rápida transição digital que ocorreu desde a eclosão da Covid-19 permitiu que os atores, públicos e privados, encontrassem rapidamente soluções para muitos dos desafios, por exemplo, em termos de melhoria das ferramentas digitais que possibilitaram o trabalho e a aprendizagem remotos. Nesse contexto, a pandemia Covid-19 impulsionou fortemente a transformação digital. O trabalho apresentado procura analisar a área digital em Portugal, tendo em conta os diferentes atores e os principais temas em discussão nesta área. Considerando a situação atual de Portugal e a importância da digitalização para o crescimento da economia, o estudo aponta 5 principais desafios que Portugal enfrenta no caminho da transformação digital da economia e da sociedade: (i) qualificações e literacia digital adequadas, (ii) combate à desigualdade digital, (iii) futuro do teletrabalho, (iv) cibersegurança e privacidade, e (v) investimento em inovação e em I&D.

 

https://lnkd.in/eNWkfxJD

 

Slides_Marco2022.pdf

Autor(es): Sílvia Fonte Santa, Mónica Simões
Ano: 2022

As políticas da educação têm assumido um papel de destaque nos sucessivos Planos Nacionais de Reforma (PNR) e no recente Programa de Recuperação e Resiliência (PRR).
Globalmente, a magnitude do aumento da população com ensino secundário deverá ser determinante para o aumento da Produtividade Total dos Fatores. No caso particular das medidas previstas no PRR, o aumento previsto para o PIB potencial de 0,8% no final de 20 anos traduz um aumento da Produtividade Total dos Fatores de 0,5% e do emprego de 0,3%.
De acordo com o modelo utilizado, o aumento da produtividade deverá resultar da entrada de trabalhadores mais qualificados e mais eficientes no mercado de bens finais, mas também do estimulo ao conhecimento e inovação que se traduz em novos bens, empresas e/ou métodos de produção.

https://www.gpeari.gov.pt/documents/35086/154533/Artigo+04-2021-Efeito+das+pol%C3%ADticas+da+educa%C3%A7%C3%A3o+na+produtividade.pdf/6bb593a0-59e7-8117-4d81-92c3c48cddb2?t=1641382353575

Slides_fevereiro2022.pdf

 

Autor(es): Ana Catarina Pimenta, João Amador e Carlos Melo Gouveia
Ano: 2022

A pandemia da COVID-19 foi o choque mais severo que a economia mundial enfrentou em muitas décadas. O impacto inicial sobre os fluxos de comércio internacional foi de grande dimensão e comparável ao registado no grande colapso do comércio de 2008-2009. Com a evolução da pandemia até ao primeiro semestre de 2021, uma característica marcante foi a recuperação dos fluxos de comércio internacional, o que aponta para a adaptação das empresas às restrições vigentes. O impacto das medidas de confinamento foi estimado através de uma regressão que relaciona o crescimento dos fluxos de exportação e importação (face a um período de referência constituído pelos três anos que precedem a pandemia) para cada par empresa-país com o índice de severidade das restrições impostas pelas autoridades e com as mortes provocadas pela COVID-19 no país-destino, usando um modelo de múltiplos efeitos fixos (empresa, país-destino e tempo).
Os resultados indicam que o impacto do índice de severidade é significativo e quantitativamente semelhante nas exportações e importações, enquanto o impacto das mortes provocadas pela COVID-19 é ligeiramente superior nas exportações. O impacto mais negativo das medidas de confinamento foi observado na primeira metade de 2020 sugerindo uma adaptação progressiva das empresas integrantes no comércio internacional. No entanto, com a terceira vaga da pandemia, o impacto negativo destas medidas ressurgiu, tornando-se novamente não significativo no segundo trimestre de 2021. Encontramos também evidencia de um maior impacto do índice nas empresas de dimensão superior e nas mais integradas nas cadeias de valor globais

 

https://www.bportugal.pt/sites/default/files/anexos/papers/wp202114.pdf

 

Slides_janeiro2022.pdf

 

Autor(es): Cristina Manteu
Ano: 2021

A pandemia COVID-19 e as medidas necessárias à sua contenção traduziram-se num choque muito severo sobre o tecido empresarial português. Este artigo utiliza os resultados do Inquérito Rápido e Excecional às Empresas – COVID-19 (COVID-IREE) para caracterizar o impacto económico da pandemia no curto prazo, num contexto em que as autoridades públicas adotaram diversas medidas de apoio. Os principais resultados mostram uma quebra bastante expressiva da atividade das empresas no segundo trimestre de 2020, com efeitos muito adversos sobre a sua liquidez. Em particular, o Alojamento e restauração destaca-se como o setor mais afetado pela pandemia. Neste período, o impacto sobre o emprego foi relativamente contido. Porém, observaram-se reduções acentuadas no pessoal efetivamente a trabalhar, atenuadas pela utilização do teletrabalho e pela presença alternada nas instalações. Por fim, o inquérito revela que as empresas que beneficiaram das medidas de apoio adotadas pelo Governo foram as que se encontravam numa situação mais desfavorável e que estas medidas tiveram um papel muito relevante na salvaguarda da sua sustentabilidade financeira e na preservação do emprego.

Breve nota biográfica da oradora:

Cristina Manteu é economista do Departamento de Estudos Económicos do Banco de Portugal desde 1992, sendo atualmente coordenadora da Área de Conjuntura e Previsão. Tem uma licenciatura e um mestrado em Economia pela Nova School of Business and Economics. Tem desenvolvido sobretudo projetos aplicados relacionados com a análise e projeção da economia portuguesa. Os seus trabalhos recentes abordam temas como o impacto de medidas de incerteza na evolução da economia portuguesa, a avaliação da hipótese de granularidade das exportações portuguesas de bens utilizando dados micro, uma caraterização do impacto de curto prazo da pandemia nas empresas portuguesas com base nos resultados do Inquérito Rápido e Excecional às Empresas – COVID-19 e uma análise do comportamento das despesas de consumo das famílias portuguesas no período da pandemia, explorando diversas dimensões de heterogeneidade a partir de uma base de dados de compras com cartões nacionais.

 

OP_O impacto de curto prazo da pandemia COVID-19 nas empresas portuguesas_CM1.pdf